Os anjos de fogo
atiram suas flechas
incandescentes.
A cortina explode
espalhando corpos...
Nuas, as crianças
choram sem medo,
apenas o pavor
povoa a face
corada e sôfrega...
somente a coragem
sobrevive ao bombardeio.
As sirenes rebelam
na noite fria,
e os gritos atropelam-se
todos tornam-se fugitivos
em revelia...
poucos sobrevivem
à funesta fantasia.
A miude, transtornados,
rogam a Deus pela morte
e, agradecem à vida,
como um pequeno fogo que jaz
e que romperá,
um dia quem sabe,
sobre os túmulos da paz!
Otail Santos de Oliveira - Pouso Alegre (MG) - 18 de Julho de 1994.
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