A noite
guarda o sol em seu bolso longo...
Além, no
resto, um rastro ruborizado...
O
silêncio invade a metrópole,
Em seu
retornar cansado...
Vácuo na
distância... !!!
O que era
murmúrio,
Torna-se
uma convulsão dilacerante...
O que era
imprudência,
Será
impunidade!
E o
retorno,
Já é
fuga.
...
silêncio... EXPLOSÃO... SILÊNCIO!!!
Vozes
procuram sufocados socorros...
Desesperadas,
pás vão atrás de mãos desamparadas...
Na vala
comum vidas lamentam,
Mortes
brotam do chão remexido.
A noite
guarda o sol em seu bolso,
Enquanto
via satélite o mundo assiste
Quedado
de horror, a tragédia...
Não chore Fernanda,
Já é hora de dormir nas mãos dos anjos...
Pouso Alegre (MG), 24 de outubro de 1989.
Otail Santos de Oliveira
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