Como
fazem barulho essas gotas de chuva!
Rompem-se
das nuvens em alaridos,
Para
despencarem sobre os telhados sedentos.
Unem-se
nas cumeeiras, formando bicas intermináveis...
Ah, essas
gotas...!
Arrastam
trovões pelo céu,
E atiram
raios sobre o olhar assustado das crianças.
Sonham
com rios,
E engolem
as calçadas,
As ruas,
As
casas,
Os
carros...
Ah,
queridas gotas!
Por que
transformam as tardes em tumultuo?
Por que
fazem das noites desesperos??
E as
manhãs, por que herdam as lágrimas???
Minhas
gotas inconseqüentes,
Lavam a
alma deste poeta
Com seu
ruído intermitente...
Pouso Alegre (MG), 22 de março de 1991
Otail Santos de Oliveira
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