Parede rachada
telhado escuro
pó na calçada
caído do muro
Parede amarelada
sem tinta ou repasse
janela abraçada
no dia que nasce
O que vejo de repente?
duvido! aquilo é fato?
- uma velha no telhado
correndo atrás do gato?
A vizinha além do muro
espia de lá (alcoviteira)!
o pega-pega esquentado
da velha na cumeeira
Se a vizinha me contasse
eu diria: "ah isso é intriga!"
Mas eu vejo a velha e o gato
Quem irá ganhar a briga?
E rodopia a anciã
e funga, e resmunga, e vai
até que enrosca a perna
balança, equilibra e cai
Então a alegria atoa
gargalha num riso só
tudo brinca no quintal:
- o muro, a casa, o pó!...
Há peças no cotidiano
teatro sem texto ensaiado
equilibristas de circo
no palco de um telhado!
telhado escuro
pó na calçada
caído do muro
Parede amarelada
sem tinta ou repasse
janela abraçada
no dia que nasce
O que vejo de repente?
duvido! aquilo é fato?
- uma velha no telhado
correndo atrás do gato?
A vizinha além do muro
espia de lá (alcoviteira)!
o pega-pega esquentado
da velha na cumeeira
Se a vizinha me contasse
eu diria: "ah isso é intriga!"
Mas eu vejo a velha e o gato
Quem irá ganhar a briga?
E rodopia a anciã
e funga, e resmunga, e vai
até que enrosca a perna
balança, equilibra e cai
Então a alegria atoa
gargalha num riso só
tudo brinca no quintal:
- o muro, a casa, o pó!...
Há peças no cotidiano
teatro sem texto ensaiado
equilibristas de circo
no palco de um telhado!
Otail Santos de Oliveira - Pouso Alegre (MG) - 06
de março de 1976.
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