quinta-feira, 23 de julho de 2009
Entrelinhas
Debruço-me sobre meus pensamentos vagos.
A solidão de meus olhos fechados
procura consciente algo azul...
Por forças incontidas,
suspiro!
Há algo de amor nas entrelinhas!
Tão certo quanto o céu estrelado
sobrevoo cada lembrança...
E os sonhos saltam a minha frente;
Ah, fantasmas de minh'alma errante,
até quando?
O céu em tons azuis convida-me...
Medito possibilidades!
Mas a solidão pouco sabe do perdão.
Congelado entre os semitons da paisagem,
respiro um ar que não é meu,
e rápto sensações nas nuvens.
Calço minhas botas,
tranco meu breve choro,
e saio a perseguir as rosas...
Otail Santos de Oliveira - Pouso Alegre (MG) - 19 de Setembro de 2001.
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