sábado, 25 de julho de 2009

Amor


Ah!
e eu sei da tua existência
pelo cheiro do vento.
Mesmo assim,
não te encontro
voando pela brisa
nesses dias cálidos de verão.
Mas estás lá...
por isso,
acredito que existas!
mesmo que seja
um canto longínquo,
sei lá,
um pássaro azul,
uma cigarra fugaz...
É claro que a natureza
está longe,
e por todos os lados,
a cerca de concreto
abafa o som com
suas mãos de buzinas,
no entanto,
creio no teu aparecimento,
quando a noite
aponta negra
sobre o azul das montanhas...
feito estrelas cintilantes...
mesmo que chova muito,
e os relâmpagos
encham de medo
os meus aflitos olhos!

Otail Santos de Oliveira - Pouso Alegre (MG) - 24 de Janeiro de 1993.

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